Por Jorge Silveira - 9/1/2008 19:24:44 |
O que mais se vê neste mural são queixas contra a violência que tomou conta da cidade, transformando a nossa Montes Claros num lugar difícil de se criar nossos filhos. Entretanto, em tempo não muito distante Montes Claros era uma cidade pacata e boa de se viver. Os jovens podiam fazer "footing" na Praça Cel. Ribeiro ou serenata para as namoradas. As festinhas dos clubes volantes eram em casas de família e transcorriam senpre em clima de amizade e de companheirismo. Ninguém se preocupava com penetras ou com gangues das periferias, até porque Montes Claros praticamente não tinha periferia - e muito menos gangues. Aos domingos, a nossa juventude marcava ponto pela manhã na boate da praça de esportes e, à tarde, na matinée do cine Fátima. À noite, na hora dançante do Clube Montes Claros. Os pais sempre sabiam aonde estavam seus filhos e não se preocupavam se eles chegariam em casa sãos e salvos. Sempre chegavam. Hoje a situação mudou e é difícil dimensionar o exato momento em que a cidade se transformou neste inferno de violência, drogas e intranquilidade. A verdade é que a Montes Claros de ontem era infinitamente melhor do que a de hoje. Não tínhamos universidades, mas tínhamos médicos da família para atender em casa. A maior festa da cidade era a exposição agropecuária, de dois em dois anos e sem os shows caros de hoje, pois eram os bois, os cavalos e os rodeios que faziam a alegria de todos, adultos e crianças. Não havia televisão, mas a diversão era muito mais sadia nos cines Montes Claros, Fátima, Coronel Ribeiro e São Luiz. Pode parecer saudosismo, mas que a Montes Claros de ontem era bem melhor, é indiscutível. Se este mural existisse naquele tempo, ninguém iria se queixar da violência. |
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Jorge Silveira
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