segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

No início era a Várzea, lagoa de margens brejadas onde os tropeiros costumavam deixar seus animais para o merecido descanso em suas passagens por estas terras. Também os pequenos produtores rurais da região utilizavam o local para seus burros, cavalos e bois carreiros descansarem, beberem e se alimentarem.

Mas, parece que o destino da Várzea estava traçado. Em virtude de ser um terreno plano, foi lá o nosso primeiro campo de futebol. Em 1890 o grupo de engenheiros encarregado da locação de Estrada de Ferro Montes Claros escolheu a Várzea para construção da estação. A estrada não foi em frente e a Várzea continuou desocupada. Em 1895 a Câmara quis construir ali o mercado municipal. Construção que também não saiu por problemas políticos.


No fim da década de 30 surgiu a idéia de construir ali uma praça de esportes em virtude de ser uma área grande e plana e de já ser um local onde se praticava esportes.
A idéia foi em frente e, graças ao bom entendimento entre o prefeito Antônio Teixeira de Carvalho e o Governador Benedito Valadares acertou-se a construção da mesma. E em 1942 foi inaugurada com a presença do governador.


O Montes Claros Tênis Clube, ou Praça de Esportes, como é mais conhecido, já revelou inúmeros atletas principalmente em natação, vôlei e basquete.
Foi durante muitos anos o ponto de encontro da juventude montesclarense. Era o único clube com piscinas e quadras esportivas. Alguns iam a procura de esporte, outros iam à procura de lazer. Passear, assistir aos jogos, encontrar os amigos. E, assim sendo, muitos namoros e casamentos começaram à sombra de suas árvores.
A princípio a Praça constava de uma sede administrativa, uma piscina oficial com trampolim, uma piscina infantil, um parque infantil uma quadra poliesportiva, uma quadra de tênis e uma pista para atletismo.

Com o correr do tempo mais coisas foram construídas. Em 1952 resolveram construir uma sede social para a realização de recepções, festas, bailes, etc.. Aqui um fato interessante: a Praça promovia todos os domingos as chamadas “Horas Dançantes” , onde a juventude se reunia para se divertir e dançar. O interessante era o horário: 10 horas da manhã. E o clube ficava lotado.

Virgílio de Paula

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